domingo, maio 17, 2015

PSICOPEDAGOGIA X BULLYING

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA.
O Psicopedagogo escolar possui a função de observar e avaliar qual a verdadeira necessidade da escola, além de suprir os seus anseios, buscando respostas e alternativas à questão do aprender, tanto no plano psíquico como no cognitivo, emocional e físico, gerando um espaço multidisciplinar construtor de sua epistemologia e fundamentação verificando junto ao Projeto Político-Pedagógico.
A escola apresenta-se como uma porta de entrada comunitária, além de seu papel pedagógico, formador e de socialização, ela é portadora dos conflitos, limites, esperanças e possibilidades sociais. A escola recebe e expressa às contradições da sociedade.
Aberastury apud Freitas (2002 p.36) define a adolescência como:
Um momento crucial da vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de desprendimento que começou com o nascimento. As modificações psicológicas que produzem neste período, e que são o correlato de modificações corporais, levam a uma nova relação com os pais e o mundo. Isso só é possível se elabora, lenta e dolorosamente, o luto pelo corpo infantil, pela identidade infantil e pela relação com os pais na infância.
Ainda a respeito desse período o Estatuto da Criança e do Adolescente o ECA (2002, p. 11) diz:
art. 2o.. Considera-se criança, para os fins da Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único: nos casos expressos em Lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre  dezoito e vinte e um anos de idade “ (Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990).
Nesse contexto, psicopedagogo tem grande contribuição a dar à política pública da Educação e aos desafios que se apresentam para a elevação do rendimento escolar, a efetivação da escola como espaço de inclusão social e a formação cidadã de nossas crianças e jovens. Cléo Fante, a esse respeito afirma que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Constituição Federal de 1988, art. 227).
Nós sabemos que a escola precisa ser um local agradável e com seguro para os alunos, a fim que as crianças e adolescentes possam ter um ambiente de aprendizagem a sociável, para isso faz-se necessária que este ambiente não esteja inserido em conflitos permitindo o assim o sucesso do processo de ensino aprendizagem. 
Constata-se que os problemas de aprendizagem são presença constante em sala de aula e sanar essa problemática requer comprometimento com as dificuldades, pois se sabe que vínculos negativos com o objeto de conhecimento efetivam problemas para aprender. A Psicopedagogia como área de estudo e de atuação, responsável pela aprendizagem e suas dificuldades, tem importantes tarefas diante do fenômeno da exclusão escolar de pessoas que apresentam dificuldades com a aprendizagem. A primeira delas diz respeito à necessidade da "dificuldade" no processo de aprender; sem ela não há desequilíbrio e, consequentemente, busca  equilíbrio para a aprendizagem. A dificuldade só é motivo de preocupação quando é muito intensa e frequente, geradora de um obstáculo tão grande que impeça ou dificulte a aprendizagem de alguém.
Dessa forma, a observação é de grande importância para uma maior percepção dos problemas existentes na sala de aula, a fim de verificar quais as principais dificuldades encontradas pelos alunos, docentes e família em lidar com questões referentes ao bullying.

Por: Renata Cristina Barreto

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